O delegado Sandro Meinerz, titular da Delegacia de Furtos, Roubos, Entorpecentes e Capturas, é taxativo ao afirmar que o problema dos celulares no interior das cadeias só vai acabar com a instalação de bloqueadores de sinal. Meinerz trata a questão como "gravíssima", pois, segundo ele, isso faz com que a prisão do delinquente não impede que ele continua a exercer sua atividade criminosa.
_ A gente prende e pensa: agora, desarticulamos. Mas, hoje, temos presos que continuam traficando e planejando os crimes da cadeia. Alguns estão por trás de homicídios registrados na cidade. Com um celular é muito fácil. Ou ele tem alguém aqui fora ou contrata uma pessoa para executar o crime _ conta o delegado.
Meinerz concorda que as sanções aos presos flagrados cometendo faltas são brandas.
_ Eles não têm medo. Conforme a lei de execuções penais, o preso, quando comete uma falta, pode sofrer progressão de regime, por exemplo. Mas, os apenados da Pesm já estão em regime fechado. Ou seja, se for comprovada a transgressão e ele for considerado culpado, no máximo vai para o isolamento ou perda de alguns benefícios _ argumenta o delegado.